Os dois prisioneiros foram escoltados até um estranho e luxuoso salão, onde diversas portas aguardavam fechadas. O rei e seus súditos esperavam com ansiedade, enquanto eram servidos de vinhos exóticos. A cada um dos cativos, eram concedidos os seguintes direitos: fazer uma pergunta ao oráculo, que teria que dizer a verdade, e escolher uma das portas, onde suas sentenças de morte seriam executadas de imediato.
- Qual das passagens me trará menor dor? – questionou um dos condenados, sob murmúrios de aprovação da platéia. O velho posicionado sobre um tablado apontou:
- A terceira.
O preso respirou fundo e puxou o trinco, apenas para ser carbonizado pelas chamas que saíram lá de dentro. Gritou e caiu no piso de mármore, contorcendo-se com agonia atroz e abrasadora. O fogo se apagou e ele ficou lá deitado, gemendo como um cão recém-nascido. Levou vários minutos para morrer.
- Desgraçado, porque você mentiu?! – perguntou o outro condenado, com revolta.
- Não menti – disse calmamente o oráculo, provocando uma palidez extrema no rosto do cativo. – Agora escolha sua porta.
9 comentários:
Uma versão para A Dama e o Tigre??? Aquele conto é mesmo inspirador, não?
He he, sem sombra de dúvida, inspiradíssimo naquele conto. A idéia surgiu enquanto lia, inclusive. Abraço!
Eu também acabei escrevendo um conto utilizando a ideia das portas. Ah, não sei se te contei, mas descobri que o Stockton escreveu uma continuação para a história, que não consigo lembrar do título, mas que nunca foi lançada no Brasil (é possível ler em inglês). Não é tão boa, mas é interessante ler.
Opa, me passa o link? Abraço!
Na verdade, se você espera uma continuação de verdade, a história é decepcionante. Chama-se Discourager of Hesitancy. Segue o link: http://www.imaginaryplanet.net/weblogs/idiotprogrammer/2006/02/discourager-of-hesitancy-by-frank-stockton/
Valeu, fio. Abraço!
Hey, hey, hey...
Fazia tempo que eu não vinha aqui e ainda saio satisfeito com um mini conto.
Massa!
Abraço, grande Mario e L.F.!
Geraldo de Fraga
Valeu, Geraldo. Hei, tá sumido, hein rapaz? Rsrs. Abraço!
Mário, essa história me lembrou daquela velha história do escorregador de giletes co uma piscina de alcool no fim do mesmo...bem doloroso....
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