quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Sempre há um Peixe Maior

Antes da pequena história, um alerta: não é terror, nem mesmo um conto de verdade; diria que é apenas uma bobagem que surgiu pronta em minha mente, e senti necessidade de escrever. Em resumo, leia por sua própria conta e risco! Abraços, lá vai:


Sempre há um Peixe Maior


O motoboy corria no engarrafamento da avenida paulistana, apressado para a última entrega antes do almoço. Sua moto rugia para os carros como um cão pastor, mostrando às ovelhas quem era o chefe. Reféns da própria imobilidade, os motoristas ouviam aquele barulho poderoso se aproximando e olhavam nervosos para os lados, torcendo para terem deixado espaço suficiente entre os vizinhos de quatro rodas. Ficavam aliviados quando o inimigo velado passava zunindo; sentimento efêmero, logo dissipado por outros sons parecidos que vinham atrás, intermináveis.

O motoqueiro continuava seu caminho, ciente de sua posição privilegiada naquela estranha cadeia alimentar. Sorriu seu sorriso coberto de viseira negra, deliciando-se em apavorar aquela gente endinheirada em seus veículos lentos.

De súbito, viu algo à sua frente que alegrou ainda mais seu dia: uma BMW quase encostada ao veículo da direita, deixando um espaço apertado para sua passagem. O motorista do caríssimo carro cinza direcionara os pneus para a esquerda, tentando voltar para sua fila. Mas isso não era desculpa pra “vacilão”. O motoboy ergueu a perna e se preparou para o chute, na confiança gerada pela experiência. Gritou de satisfação quando arrancou o retrovisor do obstáculo, a peça caindo indefesa sobre o asfalto quente.

Fitou seu próprio retrovisor, na esperança de captar um vislumbre da revolta do playboy; no entanto, viu apenas um cano reluzente e comprido, que se ergueu do capô da BMW; algo atingiu a moto no instante seguinte, a explosão fazendo seu corpo voar longe. O capacete salvou seu crânio de um traumatismo, mas não o pescoço de uma fratura grave. Inconsciente, só descobriria mais tarde que precisaria escolher outro ofício. Algo que pudesse ser feito apenas piscando os olhos, por exemplo.

Após alguns instantes de estupefação, alguém de outro carro abriu as janelas e começou a aplaudir, sendo imitado por todos os motoristas que estavam próximos.

Dentro da BMW, James Bond apertou o botão que recolhia o lança mísseis, prometendo a si mesmo que nunca mais aceitaria uma missão no Brasil.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

ANIVERSÁRIO DE UM ANO DA LUA MORTAL!!!


Pois é, meus caros, o tempo voa. Dia 14 de novembro é aniversário da Lua Mortal. Como estou sem conto novo para colocar, vou fazer uma promoçãozinha pra não passar em branco (sabem como é, o velho clichê de "quem ganha o presente é você", rs).

Quem quiser ganhar um exemplar do livro Invasão, autografado por este que vos fala, é só mandar um miniconto (no máximo 20 linhas, fonte Arial 12) para meu email: spinossauro@yahoo.com.br. Em assunto, colocar "conto para concurso".

Não há tema específico, mas a história deve ser do gênero horror, é claro. O melhor conto (recebido até o último dia de novembro) leva o prêmio, além de ser publicado aqui no blog.

Abraços, boa sorte!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Seguindo um paranóico


Olá caríssimos. Resolvi engrossar as fileiras do pequeno pássaro com cara de zumbi.

Sigam-me em https://twitter.com/mariocarneirojr, para pequenas notas relevantes de tempos em tempos.

Abraço!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Mais uma participação literária! Dessa vez no livro Zumbis - Quem Disse que Eles Estão Mortos? Organização: Ademir Pascale


Meus caros amigos, fui convidado para participar de mais uma coletânea literária. E dessa vez, como escritor convidado, com todo o destaque, pompa e circunstância que o cargo oferece! Rsrsrs. Agradeço imensamente ao escritor e organizador Ademir Pascale, que acredita no meu potencial a ponto de me oferecer tamanha honra (que vou dividir com M.D.Amado e com César Silva, que fará o prefácio!). E em um livro com uma temática tão legal! Que eu saiba, nenhum livro homenageando os mortos que andam foi publicado antes no Brasil (não com autores brasileiros, ao menos).

Zumbis são criaturas das mais interessantes no gênero horror. Os verdadeiros fãs conhecem as maravilhosas histórias que podem ser contadas com tais entidades, que muitas vezes servem de pano de fundo ou metáfora social para a discussão das mais diversas questões sociais e políticas (mestre Romero que o diga). Zumbis assustam pelo aspecto epidemiológico, pela velocidade que transmitem sua maldição; apavoram pelo andar trôpego e rígido, nos lembrando a todo momento de nossa própria mortalidade; mas acima de tudo, zumbis nos divertem pelo potencial que possuem para gerar excelentes histórias, sejam de horror, suspense, aventura e até mesmo comédia. Creio que será muito interessante descobrir como os escritores brasileiros irão abordar o tema. Espaço para criatividade existe!

E você que está lendo isso pode tentar participar! As regras para envio dos contos podem ser conferidas no seguinte endereço: http://www.cranik.com/zumbis.html

Acesse também a comunidade do Orkut: Zumbis - Quem disse que Eles Estão Mortos?

E por enquanto é isso. E lembrem-se: se aquele seu tio chato aparecer na calada da noite, com uma mala na mão (igual àquela que ele trouxe da última vez que passou dois meses na sua casa) e uma expressão sonolenta no olhar, não perca tempo: ATIRE NA CABEÇA! Tá, talvez ele não tenha virado um zumbi, mas pra quê arriscar? :)
Abraços!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Impressões do lançamento do Galeria do Sobrenatural.


Olá! Como sabem, o lançamento do livro Galeria do Sobrenatural (Terracota Editora) foi dia 31 de outubro, sabadão de Dia das Bruxas. Foi a primeira vez que participei de uma sessão de autógrafos, e achei muito divertido. Para quem não foi, segue uma descrição do lançamento:

Eu e meu amigo André Ivankio (e não Vianco) chegamos na Livraria Martins Fontes em cima da hora, mas a fome nos impede de entrar de imediato. Arrumamos um lugar nas imediações e nos servimos de x-salada e outras delícias banhadas em óleo. “Preciso de energia para segurar a caneta”, penso enquanto engulo o último pedaço.

Entramos na livraria e procuro algum rosto conhecido. Vejo uma senhorita de costas - que pode ou não ser a Giulia Moon - conversando com três distintos cavalheiros. Um deles veste uma camiseta do site Boca do Inferno, então penso “é aí mesmo que vou chegar”.

Sim, é Giulia Moon, que me recebe com um sorriso e um abraço. Ao seu lado está seu consorte Roberto Melo, um dos sujeitos mais inteligentes que já conheci. Giulia logo me apresenta aos demais: “esses são Roberto de Sousa Causo e Renato Rosatti”. Comprimento dois autores fantásticos que eu ainda não conhecia pessoalmente (o primeiro escreve livros, o segundo escreve artigos sobre o gênero horror para o site Boca do Inferno, para o blog Infernotícias e para seu fanzine Juvenatrix).

Encontro de gigantes: Roberto de Sousa Causo, Finisia Fideli, Giulia Moon e Braulio Tavares.

“Você escreveu A Sombra dos Homens!”, digo para Roberto Causo, que parece ligeiramente surpreso por eu ter lido esse livro. Se ele fez aquela expressão de brincadeira, legal, mas se ficou realmente impressionado, é meio triste... triste porque um autor não deveria ficar admirado por terem lido um livro ótimo como aquele, isso deveria ser algo comum! Mas enfim, estamos no Brasil, então vamos falar sobre a baixa valorização dos autores nacionais uma outra hora.

Antes que consiga conversar com Renato Rosatti, Giulia Moon me chama para conhecer o resto do pessoal. Sou apresentado ao organizador do livro, Sílvio Alexandre (mais conhecido por ser idealizador e organizador do Fantasticon). Extremamente simpático e elétrico, não sei se ele é assim sempre, ou se estava eufórico com o lançamento do livro (talvez uma mistura dos dois). Pergunto se posso distribuir cartões do MedoB, blog do amigo João Marcos, e Sílvio diz que posso vender o meu peixe (ou o peixe alheio) à vontade. Deixo alguns cartões na mesa e guardo outros para ir distribuindo.

Sílvio Alexandre, já "caneteando" os livros do pessoal

Conheço o Cláudio Brites, da Editora Terracota, e peço desculpas pelas insistentes perguntas que fiz antes dos lançamentos do Alterego e da Galeria do Sobrenatural; ele diz que não tem problema, que é preciso perguntar mesmo. Gente fina.

Volto para perto do Renato Rosatti, que continua perto da prateleira de literatura fantástica (planejo dar uma boa olhada nessa prateleira mais tarde, porém acabo esquecendo disso). Conversar com ele sobre terror é um imenso prazer. Ele começa elogiando minha camiseta do monstro de Frankenstein, e diz que prefere filmes mais antigos. A partir daí, falamos sobre filmes e sobre como os vampiros atuais andam meio... “crepusculares demais”, por assim dizer. Rapidamente chegamos a um consenso: vampiros predadores e malzões são os mais legais.

Sou chamado para conhecer outros autores presentes: Cláudio Villa, Fábio Fernandes, Lúcio Manfredi, Danny Marks, Márcia Olivieri, Bráulio Tavares (escritor de A Espinha Dorsal da Memória e Mundo Fantasmo, além de organizador do incrível Páginas de Sombra - Contos Fantásticos Brasileiros), Shirley Souza e Cavani Rosas (desenhista da maravilhosa história em quadrinhos do final do livro). Todos muito simpáticos, me recebem com sorrisos e parabéns.

Recebo um crachá e não tenho onde colocar. Improviso uma dobra na camiseta e ali a identificação fica. As pessoas começam a se posicionar em volta da mesa, e todos os autores sentam e ficam no aguardo.

Da esquerda para a direita, alguns dos autores presentes (e corrijam-me se eu tiver errado algum nome): Shirley Souza, Márcia Olivieri, Cláudio Villa e Lúcio Malfredi.

Alguém me passa o primeiro livro para autografar, e nesse momento pergunto “onde vocês pegaram essas canetas”. Giulia Moon começa a dar risada e fala “você não trouxe sua caneta???” Pois é... Por algum motivo, imaginei que haveria belas odaliscas descascando uvas e oferecendo canetas para os escritores. Bem, nada de odaliscas nem canetas grátis, então vou correndo atrás de uma. Da caneta, não das odaliscas.

Da esquerda para a direita: Lúcio Malfredi, Bráulio Tavares, Cavani Rosas (em pé) e este que vos fala. Reparem na minha expressão de desalento enquanto espero a chegada da Bic salvadora.

Incumbo meu amigo de encontrar uma caneta para mim, e volto para a mesa. Peço emprestada a caneta do Bráulio Tavares, que muito educadamente o faz. Sou cara de pau e uso mais duas vezes, antes do André chegar com a minha Bic azul. Agradeço e fico mais tranqüilo. Mais ou menos, já que os livros vão vindo e eu realmente não sei o que devo escrever. Quero dizer, achei que era só escrever o nome e pronto, mas os escritores vão escrevendo dedicatórias com frases shakespeareanas (bom, ao menos foi essa a impressão que tive na hora) e eu não sei o que fazer! Nos primeiros livros ainda tento escrever algo esperto, mas falho sempre. Resolvo ser sucinto e fico no “Nome do leitor - Divirta-se – assinatura”. Aliás, ainda bem que cada livro vem com uma etiqueta com o nome do leitor, caso contrário, dar autógrafos assim seria impraticável. Mas enfim, esse pessoal já tem prática no assunto, eu não.

E vão vindo os livros. Distribuo cartões do Medo B e respondo do que se trata para aqueles que perguntam. Eu fico em pé, pois as cadeiras são poucas. Pego prática em escrever desse jeito (ou melhor dizendo, em estragar o livro dos leitores com meus garranchos), e vai ficando mais fácil. Começo a relaxar e me divertir de verdade. Eu poderia fazer isso mais vezes, sério mesmo. E algumas das leitoras são muito bonitas, mas não tenho tempo para puxar papo. Bem, seria pouco profissional da minha parte, então apenas anoto meu telefone na dedicatória (brincadeira!).

Chegam dois rostos conhecidos pela internet, Marcelo Augusto Galvão e Luciana “Colujinha” Fátima, dois autores que muito admiro. Dar um rosto de verdade para as fotos da internet é muito legal. Marcelo Galvão escreveu o excelente conto “Criança Feia” da última Scarium, e elogia meu conto “Bruxa!” da mesma edição. Luciana acabou de lançar um livro de fotografias, o Carinhas(os) Urbanas(os), que está sendo muito elogiado. Fica a sugestão.

Ganhei um exemplar do Galeria para pegar autógrafos dos outros escritores, e começo a pedir a assinatura nos momentos mais tranqüilos. Tento conversar um pouco com Roberto Causo, que comenta algo que escrevi num blog. Puxo pela memória, torcendo para não ter falado besteira; ainda bem que não foi (eu escrevi que ele tinha recusado um conto que enviei para a Antologia Contos Imediatos, mas em compensação havia sido bastante atencioso em comentar e corrigir a história, com críticas muito válidas e construtivas). Comento que li “A Sombra dos Homens” porque quero escrever uma história com seres do folclore brasileiro, e queria ler o livro dele (que contém esses elementos) para não cometer algum plágio involuntário. Ele sugere outra autora para eu fazer esse tipo de pesquisa, mas tenho que voltar aos autógrafos e não gravo o nome. Tudo bem, posso pegar o nome dessa escritora depois, e dar autógrafos ainda é um prazer.

De fato, é um prazer tão grande que é difícil sair dali quando o Sílvio Alexandre começa a chamar para a palestra sobre Além da Imaginação. Os autores vão ficando, e somos chamados mais duas vezes. Outro escritor chega atrasado (não vou entregar o nome, não quero ser chamado de dedo-duro) e continua autografando. Eu resolvo ficar mais um pouco também, apesar de continuarem chamando a gente. Martha Argel chega e me dá um abraço, perguntando onde está a Giulia Moon (para quem não sabe, as duas são amigonas). Digo que ela deve estar lá em cima, vendo a palestra. Eu e meu colega atrasado trocamos os livros para autógrafos. Ele escreve uma frase edificante, enquanto eu escrevo “Vamos logo que tão chamando a gente!”. Ele dá risada e diz que gostou, que vai sempre lembrar que estava levando uma chamada.

Enquanto me instalo, percbo que o André comprou meu livro e penso “isso sim é amigo, veio lá de Curitiba só para isso e ainda compra um exemplar!”. Além do mais, ele não tem qualquer interesse em literatura fantástica, o que me faz valorizar ainda mais seu gesto (e nem ligo para o fato dele não ter gostado do meu conto, rsrsrs).

Fernanda Furquim prepara-se para começar a palestra. De branco e braços cruzados, Renato Rosatti; vestindo uma camisa branca com manchas pretas e gosto extremamente duvidoso, André Ivankio "se delicia" com minha história, ahauahau!

Não perdi muito, a conferência felizmente acabou de começar. O assunto é muito legal, com a simpática Fernanda Furquim explicando como Rod Serling conseguia abordar temas sociais e políticos em seu programa, mas de uma maneira sutil o bastante para driblar o pensamento retrógrado dos patrocinadores e das redes de TV.

Fernanda Furquim Rocks!

Durante a palestra, vejo alguém lá na porta; o rosto é conhecido das fotos de orkut, mas não tenho certeza se é ele. Cumprimento e ele retribui. Tem que ser meu grande amigo Jocks Lobo! Apesar da palestra estar um barato, não consigo segurar a curiosidade; levanto e pergunto “é você?” e ele diz “Maaario, tudo bom?”. Começamos a conversar animadamente, e logo a platéia nos repreende com um “PSHHIIIIIUU!!!”. Estão certos eles.

Eu e o Jocks, ainda com as orelhas vermelhas pela bronca que levamos.

Saímos dali com risos embaraçados e conversamos mais um pouco, falando sobre nossos lançamentos (ele está participando da antologia Sinistro, da Editora Multifoco). Volto para o fim da palestra, e começa o episódio piloto de Além da Imaginação. Uma conhecida escritora troca de lugar e acidentalmente bate na mesa do projetor, mudando um pouco o ângulo da projeção. Ninguém a repreende e eu penso “ainda demora pra eu conseguir essa moral!”.

Desço para o térreo e bato papo com o amigo Júnior, que acabou de chegar. Algumas pessoas aparecem e mais autógrafos são dados com mutcho gusto.

Chega uma amiga de Campo Mourão que está morando em SP, a Lara e duas irmãs. Uma delas compra meu livro e eu agradeço, dizendo que graças a essa compra, vou dar entrada na minha jacuzzi. A moça do caixa solta uma gargalhada, não sei por quê. Minha amiga concorda que todos desejam uma jacuzzi e me dá um suco de uvas verdes de presente (seria para compensar a falta das odaliscas descascando uvas?). O suco é uma delícia (sei que esse detalhe não interessa a vocês, mas já perdi o controle deste post faz tempo).

Adriano Siqueira aparece e pede minha assinatura, revelando que é fã de Além da Imaginação. Não tem jeito, esse programa é unanimidade entre os apreciadores do fantástico. O Adriano é outra pessoa com quem gostaria de ter conversado por mais tempo, mas infelizmente não foi possível.

Meus amigos vão embora meio que ao mesmo tempo, e outros leitores aparecem para mais autógrafos. Giulia Moon e Martha Argel sempre me apresentam para seus fãs, dizendo que estou participando da antologia e elogiando minhas histórias (obrigado, meninas). Ah, a Giulia continua lembrando a todos que não levei uma caneta, e ela e a Martha se matam de rir. Martha e Giulia parecem aquelas melhores amigas de colegial, que não param de dar risada por um minuto. São um barato.

Alguns leitores puxam papo e é muito legal esse contato, a conversa sobre escrita, livros e tudo mais. Converso mais um pouco com o Renato Rosatti, que infelizmente precisa sair mais cedo (com seu livro devidamente autografado, of course). Vejo um autor pegando um comprador no pulo, enquanto ia saindo com o livro, e oferece seu autógrafo. Eu chego e ofereço o meu, dizendo que estamos “caçando livros para autografar”, mas ele dá um riso amarelo e volta a conversar com o casal que está com ele. Diante de tamanha empolgação, volto para o meio do pessoal que parece interessado em falar comigo. E eles aparecem, ainda bem. Converso com o senhor Fritz, simpaticíssimo e divertido, e com Danny Marks, outro participante do livro que ainda não tinha assinado o meu (nem eu o dele, embora tivéssemos certeza que eu tinha assinado! Acho que algum comprador do livro levou uma dedicatória minha endereçada ao Danny).

Sílvio Alexandre conversa com algumas pessoas sobre o livro Enciclopédia dos Monstros (Editora Ediouro). Eu me intrometo e digo que já li esse livro e gostei. Ainda bem que gostei, pois depois que digo isso, Sílvio Alexandre revela que fez o prefácio (“A melhor coisa do livro”, brinca ele, para em seguida elogiar o trabalho do autor Gonçalo Junior). Na capa do livro tem uma foto de Boris Karlof como o monstro de Frankenstein, então resolvo fazer uma brincadeira e digo “só não gostei dessa foto do Karlof aí”, e fico no aguardo pelas risadas (afinal estou com uma camiseta com estampa do ator). Infelizmente acho que ninguém reparou na minha camiseta, e minha tirada passa despercebida. Bem, não se pode acertar todas.

Conheço alguns fãs ilustres: Nathalia (filha da “Tia Concei”, que só vou conhecer mais tarde), Thá e Leonardo Ragacini (autor do livro Criaturas da Noite Fria de Sangue Quente), além de alguns outros que infelizmente não consigo lembrar o nome agora (desculpa aí, gente, sou péssimo com nomes). Tento aproveitar ao máximo as conversas sobre literatura, sentindo-me orgulhoso por ver que minhas opiniões são valorizadas (segundo o André, isso deve ser carência).

Cláudio Brittes está indo embora, mas fica mais um tempinho conversando comigo e com Martha Argel na porta da livraria. Eu e os outros autores vamos ficando até o fim do expediente, quando finalmente vamos embora (a contra gosto). É meio triste deixar para trás aquelas pessoas que têm interesses em comum conosco, que nos recebem com tanto carinho. Mas tudo bem, outros livros virão. Ainda bem que saio dali para fazer um lanche com alguns amigos, então não tem lugar para a melancolia se instalar.

E é isso. Quem foi foi, quem não foi vai ter que esperar outro lançamento. :)

Abraços, até mais!