quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Dica do dia: AVATAR

Ok, não tem nada a ver com contos de terror e fantasia, mas é algo que me emocionou profundamente, portanto, fica a dica: assista Avatar. Em 3D, de preferência no IMAX. É uma viagem, cara. Se não for possível ver em 3D, tudo bem, é um filmaço mesmo em 2D, mas assistir da maneira que o filme foi feito para ser visto é lisérgico, uma egotrip maravilhosa e encantadora.

Agora com licença, que ainda estou tonto com a experiência. Essa noite, vou sonhar como não sonho há muito tempo. Acho que desde meus 12 ou 13 anos...

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Entrevista minha na Terrorzine 16!

O escritor e ativista literário Ademir Pascale realizou uma entrevista comigo, onde pude falar um pouco sobre meu início literário, minhas publicações, opiniões e expectativas sobre futuros lançamentos. Quem quiser conferir, basta acessar:

www.cranik.com/terrorzine16.pdf


Leiam lá, depois digam se falei muita asneira ;)

Abraços!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

A Carta

Sílvia permaneceu na porta do quarto por vários minutos, como se contemplasse um local sagrado onde não era digna de entrar. Seus olhos estavam distantes, vazios. Os tranqüilizantes receitados pelo psiquiatra produziam uma neblina espessa, que encobria a incessante vontade de chorar até morrer.

Tirou do bolso a cartinha de Otávio, manuseada tantas vezes que a tinta começava a sumir nas bordas. Sem perceber, caminhou em direção ao leito enquanto lia a última mensagem do filho doente, narrando o desespero de passar a vida inteira deitado, incapaz de se locomover sem ajuda. O mais torturante era aquele trecho final, onde pedia algo que a mãe jamais poderia acatar:

“Por favor, peço que destrua essa cama maldita. Queime, jogue no lixo não importa, apenas livre-se da minha prisão.”

A mulher sentou no colchão com um suspiro baixo, o máximo de emoção que conseguia exprimir. O aposento era mantido como estava desde a morte do filho único, os pôsteres de seu time de futebol ainda nas paredes, os porta-retratos na mesma posição. As fotos mostravam o garoto sorrindo com a família, imagens tiradas nos raros dias de pouca dor.

Dias preciosos.

O quarto era, portanto, um verdadeiro memorial. Pelo que dependia dela, continuaria daquele jeito para sempre, com o mesmo leito no mesmo lugar. Levantou de maneira lenta, arrastando os chinelos de pano que quase nunca tirava. Trancou o quarto para ninguém entrar, como sempre fazia.

Ainda aprisionado à cama, o espírito de Otávio implorou para ser atendido, sussurrando lamentos que a mãe não era capaz de ouvir.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Minhas participações literárias à venda.

Bem, bem, hora de um pouco de marketing pessoal. Tenho disponíveis alguns exemplares de quatro coletâneas que contém histórias minhas (uma história em cada livro). Vou postar a capa, o preço e um pequeno trecho de cada conto presente na obra apontada. Quem quiser encomendar algum exemplar (com autógrafo, of course!), basta fazer o pedido pelo e-mail spinossauro@yahoo.com.br. A partir disso, a gente combina o depósito, endereço para envio, etc.

Lembrem-se que são antologias com vários autores, incluindo muitos escritores conhecidos na literatura fantástica nacional. Só para exemplificar, aqui vai o nome de alguns dos participantes dessas coletâneas: Miguel Carqueija, Braulio Tavares, Octávio Aragão, Regina Drummond, Waldick Garret, Ademir Pascale, Adriano Siqueira, Duda Falcão, Giulia Moon, M.D. Amado, Angela Oiticica, Luciana Fatima, Claudio Brites, Octavio Cariello, Roger Cruz e mais um moonte de gente talentosa!

Sem mais, um pouco sobre cada livro:

INVASÃO

Preço: R$ 29,00

Conto: LAR

Trecho: "...Voltaram a caminhar entre ruínas e metal retorcido, tentando não tossir com a poeira que impregnava o ar. Às vezes encontravam outras pessoas se esgueirando nas ruas, contudo era mais comum encontrar cadáveres esmagados. Jair nem se preocupava em mandar Alex fechar os olhos, tentar protegê-lo disso seria ridículo nas atuais circunstâncias. Abatido, lembrou do anúncio feito pelos astrônomos, sobre a chegada iminente dos alienígenas alados. Os governantes demonstraram otimismo, afirmando que os seres deviam ter propósitos pacíficos.
Quando as gigantescas criaturas chegaram, pareciam dispostas a provar o contrário..."


GALERIA DO SOBRENATURAL

Preço: R$ 26,00

Conto: Um Estranho Incidente Noturno

Trecho: "...Assim que entrou no quarto, Paulo interrompeu os passos. Seus olhos arregalaram tanto que sua expressão poderia ser considerada cômica, não fosse o esgar de horror que acabava com toda a graça. Balançou a cabeça para fazer aquela visão sumir, sem obter qualquer resultado.
Havia alguém deitado em sua cama.
Estou enlouquecendo...
A hipótese da perda de sua sanidade parecia admissível por dois motivos: primeiro, era improvável que uma pessoa invadisse o apartamento só para dormir em seu colchão; segundo, e muito mais crucial, era o fato do intruso ser alguém que jamais poderia estar ali..."


ALTEREGO

Preço: R$ 26,00

Conto: O Salteador Noturno

Trecho: "A garota corria pela rua deserta, sem olhar para trás.
Mesmo na escuridão da noite, conseguia desviar dos postes com lâmpadas quebradas e sacos de lixo na calçada. Estava indo bem, até entrar num beco sem saída. Voltou-se desesperada, mas seu perseguidor já bloqueava o caminho.
- Gatinha! Psipsiuu! – falou ele, a voz embolada indicando que estava bêbado. Ou drogado. Talvez ambos.
A moça gritou por socorro, mesmo sem qualquer esperança de ser atendida. Aquele bairro não era famoso pela boa conduta de seus moradores, e com certeza era um péssimo lugar para bater o carro, como fizera momentos atrás.
Antes que tivesse qualquer reação, o marginal agarrou seu cabelo e encostou um canivete em sua barriga.
- Fica quietinha gostosa, senão vou...
- Creio que a senhorita não está interessada nos seus galanteios, meu caro – disse uma nova voz, que transbordava autoconfiança. Apreensivo, o bandido foi virando devagar para a entrada do beco..."


DRACULEA - O LIVRO SECRETO DOS VAMPIROS

Preço: R$ 25,00

Conto: Tormento

Trecho: "As nuvens noturnas se agitavam sobre as cordilheiras, beijando os cumes com lábios elétricos e destruidores. A água ainda não começara a cair, como se a tempestade estivesse na expectativa, aguardando o momento certo para desempenhar seu papel. Observando tudo do topo de uma das montanhas, a gigantesca figura de cabelos negros ponderou que não era um cenário ruim para morrer.
Mas com certeza era melhor para matar."


E estas foram minhas modestas ofertas. Não fique aí parado, falta pouco para dar entrada naquela Mercedes que tanto sonhei! :P

Abraços!

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A GALERIA DOS SONHADORES PERDIDOS


Vou contar um pesadelo que tive quando era criança. Não parece um típico sonho infantil, mas também, nunca fui uma criança típica. Então, não duvide.

Andava sozinho de madrugada pelas ruas de uma cidade, sob a vigília de imensos edifícios que faziam eu me sentir diminuto. Tinha medo dos mendigos que dormiam na frente das lojas, cadáveres em suas mortalhas de jornal. Apertei o passo como se tivesse algum lugar para ir, mesmo sabendo que estava perdido naquele labirinto de pesadelo.

Encontrava-me no meio da quadra quando um grupo de jovens apareceu. Gritavam insultos e davam socos nos braços um do outro, chutando placas e marquises fechadas. De forma discreta – ou ao menos, da forma mais discreta possível quando se é a única outra pessoa na rua – caminhei para a calçada oposta, torcendo para não ser notado.

Fui.

Um deles olhou para mim e disse para tomar cuidado. Isso não era tão ruim, mas em seguida eles correram em minha direção.

Entrei na primeira porta que vi aberta e lá dentro era um corredor sem luz. Olhei para trás e havia uma praia ensolarada, todavia preferi caminhar rumo às trevas.

Após alguns passos, percebi alguma iluminação lá na frente. Luzes mortiças sobre quadros estranhos e belos, com rostos e corpos em posições anormais. Eram centenas, mesmo assim fui conferindo um a um, tentando decifrar padrões indecifráveis que pareciam diferentes cada vez que olhava. Era inquietante, mas o sonho me obrigava a continuar.

Então, vi que não estava sozinho ali dentro. Um vulto encarava a última pintura do corredor, uma obra que ia até o teto. O sujeito balançava lentamente para os lados, como se estivesse com dor, e suas feições estavam cobertas pelas sombras. Após alguma hesitação, aproximei-me.

O quadro mostrava um ser humano visto de frente, pernas e braços abertos igual numa pintura de Leonardo da Vinci. Seu olhar era o vazio da casca de uma criatura devorada. A boca jazia num grito congelado, como se tivesse percebido que jamais conseguiria sair de sua prisão de tinta e moldura.

Prestei atenção e percebi que o homem na tela estava esticado, além de estar em alto relevo. Hipnotizado, estiquei os dedos em direção ao quadro – não sem antes olhar para meu silencioso companheiro, esperando uma repreensão que não veio – e toquei no tornozelo da pintura. Mesmo sendo um sonho, senti uma textura de epiderme humana.

Afastei meus dedos e constatei, apavorado, que estavam vermelhos.

- Gostou do quadro? – perguntou o sujeito ao meu lado. As luzes se acenderam, permitindo que eu visse seu rosto de osso e músculos, sem qualquer pele cobrindo o sorriso de caveira.

- Fui eu que fiz - afirmou a coisa, rindo de satisfação.

Acordei em minha cama, suado e trêmulo. Só não chamei meus pais por vegonha.

Desde então, procurei não me perder de novo.

Mas até quando vou conseguir?

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Resultado do concurso de aniversário do blog A Lua Mortal.

Eis o vencedor do concurso de aniversário do Lua Mortal! Victor Meloni, que conseguiu fazer algo denso e bacana em um espaço tão reduzido. Agradeço a todos que participaram, muitos contos foram bons, mas o do Victor me pegou em cheio. Parabéns ao vencedor e chega de enrolação, aqui vai sua história:

INELUDÍVEL

A saudade era intensa. Provocava aquela dor característica, que pressiona de dentro para fora, resultando numa angustia indelével. Por quanto tempo? Quem é que sabe dizê-lo...Noites em claro, dias absorta nas águas calmas, mas aflitivas, desta sensação cruciante. Conversava contigo em todos os meus momentos de solidão. E eram muitos, pois as companhias não preenchiam o vazio provocado. Tu foste aos poucos, mas assim mesmo não consegui me preparar. Acho que ninguém o consegue. Quando o paroxismo da dor chegou, naquela madrugada fria, sem teu calor, busquei o desespero e encontrei-o facilmente. Exortou-me, vesano, lógico, a alcançar aquela peça macia, que tu adoravas, e colocá-la sob o travesseiro que rescindia, ainda, tua essência. Dobrei-a com esmero e a pus embaixo deste. Encostei a cabeça, plena de anseios e esperanças, fechei os olhos e pedi. Fervorosamente pedi. Implorei com a força dos corações feridos. Adormeci. Acordei com um sopro calmo em meu rosto. A fragrância adocicada fez com que um laivo de satisfação fosse expresso em meus lábios. Abri os olhos e você estava lá, em pé, curvado sobre meu corpo hirto. Mas seu sorriso! Seus olhos! Não, não era para ser assim! O que está fazendo? Pare com isto! Não! Não fui culpada! O quê? Como descobriu? Não foi importante! É você quem amo! Tire este sorriso do rosto! Por que estes olhos? Como? Estava esperando? Não! O que eu fiz? Meu Deus! A dor do rancor é imperscrutável. Em nosso egoísmo, esquecemos que a paixão do outro também sofre de saudade.

Promoção do Skoob (ganhe até 10 livros!)

Caríssimos, vim informá-los de uma promoção muito boa do Skoob. Pra quem não sabe, o Skoob é um "Orkut dos Livros", uma rede social destinada aos fanáticos pela literatura. É muito legal, tudo gira em torno desse assunto que tanto nos interessa. para participar do concurso, é preciso clicar em http://www.skoob.com.br/promocao/codigo/47392 e fazer o cadastro. Entrando pelo meu link, vocês aumentam minhas chances de ganhar, e quanto mais pessoas entrarem, maiores as chances de todos nós ganharmos!

Mas, independente do concurso, participar do Skoob é legal. Se você entrar, mesmo que por outros links, não esqueça de me adicionar (meu profile é http://www.skoob.com.br/usuario/mostrar/47392). Abraços, nos vemos por lá!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Sempre há um Peixe Maior

Antes da pequena história, um alerta: não é terror, nem mesmo um conto de verdade; diria que é apenas uma bobagem que surgiu pronta em minha mente, e senti necessidade de escrever. Em resumo, leia por sua própria conta e risco! Abraços, lá vai:


Sempre há um Peixe Maior


O motoboy corria no engarrafamento da avenida paulistana, apressado para a última entrega antes do almoço. Sua moto rugia para os carros como um cão pastor, mostrando às ovelhas quem era o chefe. Reféns da própria imobilidade, os motoristas ouviam aquele barulho poderoso se aproximando e olhavam nervosos para os lados, torcendo para terem deixado espaço suficiente entre os vizinhos de quatro rodas. Ficavam aliviados quando o inimigo velado passava zunindo; sentimento efêmero, logo dissipado por outros sons parecidos que vinham atrás, intermináveis.

O motoqueiro continuava seu caminho, ciente de sua posição privilegiada naquela estranha cadeia alimentar. Sorriu seu sorriso coberto de viseira negra, deliciando-se em apavorar aquela gente endinheirada em seus veículos lentos.

De súbito, viu algo à sua frente que alegrou ainda mais seu dia: uma BMW quase encostada ao veículo da direita, deixando um espaço apertado para sua passagem. O motorista do caríssimo carro cinza direcionara os pneus para a esquerda, tentando voltar para sua fila. Mas isso não era desculpa pra “vacilão”. O motoboy ergueu a perna e se preparou para o chute, na confiança gerada pela experiência. Gritou de satisfação quando arrancou o retrovisor do obstáculo, a peça caindo indefesa sobre o asfalto quente.

Fitou seu próprio retrovisor, na esperança de captar um vislumbre da revolta do playboy; no entanto, viu apenas um cano reluzente e comprido, que se ergueu do capô da BMW; algo atingiu a moto no instante seguinte, a explosão fazendo seu corpo voar longe. O capacete salvou seu crânio de um traumatismo, mas não o pescoço de uma fratura grave. Inconsciente, só descobriria mais tarde que precisaria escolher outro ofício. Algo que pudesse ser feito apenas piscando os olhos, por exemplo.

Após alguns instantes de estupefação, alguém de outro carro abriu as janelas e começou a aplaudir, sendo imitado por todos os motoristas que estavam próximos.

Dentro da BMW, James Bond apertou o botão que recolhia o lança mísseis, prometendo a si mesmo que nunca mais aceitaria uma missão no Brasil.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

ANIVERSÁRIO DE UM ANO DA LUA MORTAL!!!


Pois é, meus caros, o tempo voa. Dia 14 de novembro é aniversário da Lua Mortal. Como estou sem conto novo para colocar, vou fazer uma promoçãozinha pra não passar em branco (sabem como é, o velho clichê de "quem ganha o presente é você", rs).

Quem quiser ganhar um exemplar do livro Invasão, autografado por este que vos fala, é só mandar um miniconto (no máximo 20 linhas, fonte Arial 12) para meu email: spinossauro@yahoo.com.br. Em assunto, colocar "conto para concurso".

Não há tema específico, mas a história deve ser do gênero horror, é claro. O melhor conto (recebido até o último dia de novembro) leva o prêmio, além de ser publicado aqui no blog.

Abraços, boa sorte!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Seguindo um paranóico


Olá caríssimos. Resolvi engrossar as fileiras do pequeno pássaro com cara de zumbi.

Sigam-me em https://twitter.com/mariocarneirojr, para pequenas notas relevantes de tempos em tempos.

Abraço!

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Mais uma participação literária! Dessa vez no livro Zumbis - Quem Disse que Eles Estão Mortos? Organização: Ademir Pascale


Meus caros amigos, fui convidado para participar de mais uma coletânea literária. E dessa vez, como escritor convidado, com todo o destaque, pompa e circunstância que o cargo oferece! Rsrsrs. Agradeço imensamente ao escritor e organizador Ademir Pascale, que acredita no meu potencial a ponto de me oferecer tamanha honra (que vou dividir com M.D.Amado e com César Silva, que fará o prefácio!). E em um livro com uma temática tão legal! Que eu saiba, nenhum livro homenageando os mortos que andam foi publicado antes no Brasil (não com autores brasileiros, ao menos).

Zumbis são criaturas das mais interessantes no gênero horror. Os verdadeiros fãs conhecem as maravilhosas histórias que podem ser contadas com tais entidades, que muitas vezes servem de pano de fundo ou metáfora social para a discussão das mais diversas questões sociais e políticas (mestre Romero que o diga). Zumbis assustam pelo aspecto epidemiológico, pela velocidade que transmitem sua maldição; apavoram pelo andar trôpego e rígido, nos lembrando a todo momento de nossa própria mortalidade; mas acima de tudo, zumbis nos divertem pelo potencial que possuem para gerar excelentes histórias, sejam de horror, suspense, aventura e até mesmo comédia. Creio que será muito interessante descobrir como os escritores brasileiros irão abordar o tema. Espaço para criatividade existe!

E você que está lendo isso pode tentar participar! As regras para envio dos contos podem ser conferidas no seguinte endereço: http://www.cranik.com/zumbis.html

Acesse também a comunidade do Orkut: Zumbis - Quem disse que Eles Estão Mortos?

E por enquanto é isso. E lembrem-se: se aquele seu tio chato aparecer na calada da noite, com uma mala na mão (igual àquela que ele trouxe da última vez que passou dois meses na sua casa) e uma expressão sonolenta no olhar, não perca tempo: ATIRE NA CABEÇA! Tá, talvez ele não tenha virado um zumbi, mas pra quê arriscar? :)
Abraços!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Impressões do lançamento do Galeria do Sobrenatural.


Olá! Como sabem, o lançamento do livro Galeria do Sobrenatural (Terracota Editora) foi dia 31 de outubro, sabadão de Dia das Bruxas. Foi a primeira vez que participei de uma sessão de autógrafos, e achei muito divertido. Para quem não foi, segue uma descrição do lançamento:

Eu e meu amigo André Ivankio (e não Vianco) chegamos na Livraria Martins Fontes em cima da hora, mas a fome nos impede de entrar de imediato. Arrumamos um lugar nas imediações e nos servimos de x-salada e outras delícias banhadas em óleo. “Preciso de energia para segurar a caneta”, penso enquanto engulo o último pedaço.

Entramos na livraria e procuro algum rosto conhecido. Vejo uma senhorita de costas - que pode ou não ser a Giulia Moon - conversando com três distintos cavalheiros. Um deles veste uma camiseta do site Boca do Inferno, então penso “é aí mesmo que vou chegar”.

Sim, é Giulia Moon, que me recebe com um sorriso e um abraço. Ao seu lado está seu consorte Roberto Melo, um dos sujeitos mais inteligentes que já conheci. Giulia logo me apresenta aos demais: “esses são Roberto de Sousa Causo e Renato Rosatti”. Comprimento dois autores fantásticos que eu ainda não conhecia pessoalmente (o primeiro escreve livros, o segundo escreve artigos sobre o gênero horror para o site Boca do Inferno, para o blog Infernotícias e para seu fanzine Juvenatrix).

Encontro de gigantes: Roberto de Sousa Causo, Finisia Fideli, Giulia Moon e Braulio Tavares.

“Você escreveu A Sombra dos Homens!”, digo para Roberto Causo, que parece ligeiramente surpreso por eu ter lido esse livro. Se ele fez aquela expressão de brincadeira, legal, mas se ficou realmente impressionado, é meio triste... triste porque um autor não deveria ficar admirado por terem lido um livro ótimo como aquele, isso deveria ser algo comum! Mas enfim, estamos no Brasil, então vamos falar sobre a baixa valorização dos autores nacionais uma outra hora.

Antes que consiga conversar com Renato Rosatti, Giulia Moon me chama para conhecer o resto do pessoal. Sou apresentado ao organizador do livro, Sílvio Alexandre (mais conhecido por ser idealizador e organizador do Fantasticon). Extremamente simpático e elétrico, não sei se ele é assim sempre, ou se estava eufórico com o lançamento do livro (talvez uma mistura dos dois). Pergunto se posso distribuir cartões do MedoB, blog do amigo João Marcos, e Sílvio diz que posso vender o meu peixe (ou o peixe alheio) à vontade. Deixo alguns cartões na mesa e guardo outros para ir distribuindo.

Sílvio Alexandre, já "caneteando" os livros do pessoal

Conheço o Cláudio Brites, da Editora Terracota, e peço desculpas pelas insistentes perguntas que fiz antes dos lançamentos do Alterego e da Galeria do Sobrenatural; ele diz que não tem problema, que é preciso perguntar mesmo. Gente fina.

Volto para perto do Renato Rosatti, que continua perto da prateleira de literatura fantástica (planejo dar uma boa olhada nessa prateleira mais tarde, porém acabo esquecendo disso). Conversar com ele sobre terror é um imenso prazer. Ele começa elogiando minha camiseta do monstro de Frankenstein, e diz que prefere filmes mais antigos. A partir daí, falamos sobre filmes e sobre como os vampiros atuais andam meio... “crepusculares demais”, por assim dizer. Rapidamente chegamos a um consenso: vampiros predadores e malzões são os mais legais.

Sou chamado para conhecer outros autores presentes: Cláudio Villa, Fábio Fernandes, Lúcio Manfredi, Danny Marks, Márcia Olivieri, Bráulio Tavares (escritor de A Espinha Dorsal da Memória e Mundo Fantasmo, além de organizador do incrível Páginas de Sombra - Contos Fantásticos Brasileiros), Shirley Souza e Cavani Rosas (desenhista da maravilhosa história em quadrinhos do final do livro). Todos muito simpáticos, me recebem com sorrisos e parabéns.

Recebo um crachá e não tenho onde colocar. Improviso uma dobra na camiseta e ali a identificação fica. As pessoas começam a se posicionar em volta da mesa, e todos os autores sentam e ficam no aguardo.

Da esquerda para a direita, alguns dos autores presentes (e corrijam-me se eu tiver errado algum nome): Shirley Souza, Márcia Olivieri, Cláudio Villa e Lúcio Malfredi.

Alguém me passa o primeiro livro para autografar, e nesse momento pergunto “onde vocês pegaram essas canetas”. Giulia Moon começa a dar risada e fala “você não trouxe sua caneta???” Pois é... Por algum motivo, imaginei que haveria belas odaliscas descascando uvas e oferecendo canetas para os escritores. Bem, nada de odaliscas nem canetas grátis, então vou correndo atrás de uma. Da caneta, não das odaliscas.

Da esquerda para a direita: Lúcio Malfredi, Bráulio Tavares, Cavani Rosas (em pé) e este que vos fala. Reparem na minha expressão de desalento enquanto espero a chegada da Bic salvadora.

Incumbo meu amigo de encontrar uma caneta para mim, e volto para a mesa. Peço emprestada a caneta do Bráulio Tavares, que muito educadamente o faz. Sou cara de pau e uso mais duas vezes, antes do André chegar com a minha Bic azul. Agradeço e fico mais tranqüilo. Mais ou menos, já que os livros vão vindo e eu realmente não sei o que devo escrever. Quero dizer, achei que era só escrever o nome e pronto, mas os escritores vão escrevendo dedicatórias com frases shakespeareanas (bom, ao menos foi essa a impressão que tive na hora) e eu não sei o que fazer! Nos primeiros livros ainda tento escrever algo esperto, mas falho sempre. Resolvo ser sucinto e fico no “Nome do leitor - Divirta-se – assinatura”. Aliás, ainda bem que cada livro vem com uma etiqueta com o nome do leitor, caso contrário, dar autógrafos assim seria impraticável. Mas enfim, esse pessoal já tem prática no assunto, eu não.

E vão vindo os livros. Distribuo cartões do Medo B e respondo do que se trata para aqueles que perguntam. Eu fico em pé, pois as cadeiras são poucas. Pego prática em escrever desse jeito (ou melhor dizendo, em estragar o livro dos leitores com meus garranchos), e vai ficando mais fácil. Começo a relaxar e me divertir de verdade. Eu poderia fazer isso mais vezes, sério mesmo. E algumas das leitoras são muito bonitas, mas não tenho tempo para puxar papo. Bem, seria pouco profissional da minha parte, então apenas anoto meu telefone na dedicatória (brincadeira!).

Chegam dois rostos conhecidos pela internet, Marcelo Augusto Galvão e Luciana “Colujinha” Fátima, dois autores que muito admiro. Dar um rosto de verdade para as fotos da internet é muito legal. Marcelo Galvão escreveu o excelente conto “Criança Feia” da última Scarium, e elogia meu conto “Bruxa!” da mesma edição. Luciana acabou de lançar um livro de fotografias, o Carinhas(os) Urbanas(os), que está sendo muito elogiado. Fica a sugestão.

Ganhei um exemplar do Galeria para pegar autógrafos dos outros escritores, e começo a pedir a assinatura nos momentos mais tranqüilos. Tento conversar um pouco com Roberto Causo, que comenta algo que escrevi num blog. Puxo pela memória, torcendo para não ter falado besteira; ainda bem que não foi (eu escrevi que ele tinha recusado um conto que enviei para a Antologia Contos Imediatos, mas em compensação havia sido bastante atencioso em comentar e corrigir a história, com críticas muito válidas e construtivas). Comento que li “A Sombra dos Homens” porque quero escrever uma história com seres do folclore brasileiro, e queria ler o livro dele (que contém esses elementos) para não cometer algum plágio involuntário. Ele sugere outra autora para eu fazer esse tipo de pesquisa, mas tenho que voltar aos autógrafos e não gravo o nome. Tudo bem, posso pegar o nome dessa escritora depois, e dar autógrafos ainda é um prazer.

De fato, é um prazer tão grande que é difícil sair dali quando o Sílvio Alexandre começa a chamar para a palestra sobre Além da Imaginação. Os autores vão ficando, e somos chamados mais duas vezes. Outro escritor chega atrasado (não vou entregar o nome, não quero ser chamado de dedo-duro) e continua autografando. Eu resolvo ficar mais um pouco também, apesar de continuarem chamando a gente. Martha Argel chega e me dá um abraço, perguntando onde está a Giulia Moon (para quem não sabe, as duas são amigonas). Digo que ela deve estar lá em cima, vendo a palestra. Eu e meu colega atrasado trocamos os livros para autógrafos. Ele escreve uma frase edificante, enquanto eu escrevo “Vamos logo que tão chamando a gente!”. Ele dá risada e diz que gostou, que vai sempre lembrar que estava levando uma chamada.

Enquanto me instalo, percbo que o André comprou meu livro e penso “isso sim é amigo, veio lá de Curitiba só para isso e ainda compra um exemplar!”. Além do mais, ele não tem qualquer interesse em literatura fantástica, o que me faz valorizar ainda mais seu gesto (e nem ligo para o fato dele não ter gostado do meu conto, rsrsrs).

Fernanda Furquim prepara-se para começar a palestra. De branco e braços cruzados, Renato Rosatti; vestindo uma camisa branca com manchas pretas e gosto extremamente duvidoso, André Ivankio "se delicia" com minha história, ahauahau!

Não perdi muito, a conferência felizmente acabou de começar. O assunto é muito legal, com a simpática Fernanda Furquim explicando como Rod Serling conseguia abordar temas sociais e políticos em seu programa, mas de uma maneira sutil o bastante para driblar o pensamento retrógrado dos patrocinadores e das redes de TV.

Fernanda Furquim Rocks!

Durante a palestra, vejo alguém lá na porta; o rosto é conhecido das fotos de orkut, mas não tenho certeza se é ele. Cumprimento e ele retribui. Tem que ser meu grande amigo Jocks Lobo! Apesar da palestra estar um barato, não consigo segurar a curiosidade; levanto e pergunto “é você?” e ele diz “Maaario, tudo bom?”. Começamos a conversar animadamente, e logo a platéia nos repreende com um “PSHHIIIIIUU!!!”. Estão certos eles.

Eu e o Jocks, ainda com as orelhas vermelhas pela bronca que levamos.

Saímos dali com risos embaraçados e conversamos mais um pouco, falando sobre nossos lançamentos (ele está participando da antologia Sinistro, da Editora Multifoco). Volto para o fim da palestra, e começa o episódio piloto de Além da Imaginação. Uma conhecida escritora troca de lugar e acidentalmente bate na mesa do projetor, mudando um pouco o ângulo da projeção. Ninguém a repreende e eu penso “ainda demora pra eu conseguir essa moral!”.

Desço para o térreo e bato papo com o amigo Júnior, que acabou de chegar. Algumas pessoas aparecem e mais autógrafos são dados com mutcho gusto.

Chega uma amiga de Campo Mourão que está morando em SP, a Lara e duas irmãs. Uma delas compra meu livro e eu agradeço, dizendo que graças a essa compra, vou dar entrada na minha jacuzzi. A moça do caixa solta uma gargalhada, não sei por quê. Minha amiga concorda que todos desejam uma jacuzzi e me dá um suco de uvas verdes de presente (seria para compensar a falta das odaliscas descascando uvas?). O suco é uma delícia (sei que esse detalhe não interessa a vocês, mas já perdi o controle deste post faz tempo).

Adriano Siqueira aparece e pede minha assinatura, revelando que é fã de Além da Imaginação. Não tem jeito, esse programa é unanimidade entre os apreciadores do fantástico. O Adriano é outra pessoa com quem gostaria de ter conversado por mais tempo, mas infelizmente não foi possível.

Meus amigos vão embora meio que ao mesmo tempo, e outros leitores aparecem para mais autógrafos. Giulia Moon e Martha Argel sempre me apresentam para seus fãs, dizendo que estou participando da antologia e elogiando minhas histórias (obrigado, meninas). Ah, a Giulia continua lembrando a todos que não levei uma caneta, e ela e a Martha se matam de rir. Martha e Giulia parecem aquelas melhores amigas de colegial, que não param de dar risada por um minuto. São um barato.

Alguns leitores puxam papo e é muito legal esse contato, a conversa sobre escrita, livros e tudo mais. Converso mais um pouco com o Renato Rosatti, que infelizmente precisa sair mais cedo (com seu livro devidamente autografado, of course). Vejo um autor pegando um comprador no pulo, enquanto ia saindo com o livro, e oferece seu autógrafo. Eu chego e ofereço o meu, dizendo que estamos “caçando livros para autografar”, mas ele dá um riso amarelo e volta a conversar com o casal que está com ele. Diante de tamanha empolgação, volto para o meio do pessoal que parece interessado em falar comigo. E eles aparecem, ainda bem. Converso com o senhor Fritz, simpaticíssimo e divertido, e com Danny Marks, outro participante do livro que ainda não tinha assinado o meu (nem eu o dele, embora tivéssemos certeza que eu tinha assinado! Acho que algum comprador do livro levou uma dedicatória minha endereçada ao Danny).

Sílvio Alexandre conversa com algumas pessoas sobre o livro Enciclopédia dos Monstros (Editora Ediouro). Eu me intrometo e digo que já li esse livro e gostei. Ainda bem que gostei, pois depois que digo isso, Sílvio Alexandre revela que fez o prefácio (“A melhor coisa do livro”, brinca ele, para em seguida elogiar o trabalho do autor Gonçalo Junior). Na capa do livro tem uma foto de Boris Karlof como o monstro de Frankenstein, então resolvo fazer uma brincadeira e digo “só não gostei dessa foto do Karlof aí”, e fico no aguardo pelas risadas (afinal estou com uma camiseta com estampa do ator). Infelizmente acho que ninguém reparou na minha camiseta, e minha tirada passa despercebida. Bem, não se pode acertar todas.

Conheço alguns fãs ilustres: Nathalia (filha da “Tia Concei”, que só vou conhecer mais tarde), Thá e Leonardo Ragacini (autor do livro Criaturas da Noite Fria de Sangue Quente), além de alguns outros que infelizmente não consigo lembrar o nome agora (desculpa aí, gente, sou péssimo com nomes). Tento aproveitar ao máximo as conversas sobre literatura, sentindo-me orgulhoso por ver que minhas opiniões são valorizadas (segundo o André, isso deve ser carência).

Cláudio Brittes está indo embora, mas fica mais um tempinho conversando comigo e com Martha Argel na porta da livraria. Eu e os outros autores vamos ficando até o fim do expediente, quando finalmente vamos embora (a contra gosto). É meio triste deixar para trás aquelas pessoas que têm interesses em comum conosco, que nos recebem com tanto carinho. Mas tudo bem, outros livros virão. Ainda bem que saio dali para fazer um lanche com alguns amigos, então não tem lugar para a melancolia se instalar.

E é isso. Quem foi foi, quem não foi vai ter que esperar outro lançamento. :)

Abraços, até mais!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

PROGRAMAÇÃO DE HALLOWEEN!!!

Pois muito bem, meus caros usuários (paulistas) da Biblioteca Mal-Assombrada: aqui vai a agenda desse dia das bruxas!

Primeiro, o tão falado (bom, ao menos por mim) lançamento do Galeria do Sobrenatural. Repetindo, será na Livraria Martins Fontes da Av. Paulista, número 509, próximo do metrô Brigadeiro, a partir das 15:00. Estarei lá conversando com o pessoal, dando autógrafos pra quem quiser (já falei que participo do livro? Rsrs), etc. Lembrem-se, também haverá exibição do primeiro episódio da série Além da Imaginação!

Ah, mas espera aí... você está achando que isso é muito pouco? Decidiu que não vai tirar a buzanfa do sofá só para conhecer este humilde escriba? Pois muito bem, criatura exigente, tenho mais para sugerir:

Às 19:00 (ou seja, logo depois do lançamento do livro), tem outro programa imperdível ali perto, na Casa das Rosas: MANSÃO MACABRA - O HALLOWEEN DA CASA DAS ROSAS!!!

Segue o texto oficial da fantástica programação do evento, com direito à noitada para os vampirões e matinê para as crias!

A Mansão Macabra 2009 é dedicada a Edgar Allan Poe, em comemoração ao bicentenário do poeta, com recitais, contação de histórias, apresentações teatrais, música gótica e performances macabras no jardim da Casa das Rosas.

A festa é dividida em dois momentos: a partir das 20h do dia 31 de outubro, um evento especial que atravessa a madrugada e se encerra às 6 horas da manhã. Já no dia 1o de novembro, as crianças podem participar de um evento assustador!


19h – Instalação
Edgar Alone Poet
Às 19 horas do dia 31 de outubro, estará oficialmente aberta a instalação multimídia Edgar Alone Poet, uma homenagem ao bicentenário do poeta, um dos precursores da literatura fantástica moderna. A instalação estará aberta à visitação do público de 31 de outubro a 29 de novembro.


20h – Poesia
Sarau da Casa
O Sarau da Casa comemora o Halloween com a participação dos poetas Luiz Roberto Guedes e Carla Caruso, e do público, que poderá recitar poemas próprios ou de outros autores em nosso sarau aberto. Após as leituras macabras, haverá a apresentação do Blu Jazz Trio (Henrique Messias, Marcelo D'Angelo e Vinícius Pereira). Inscrições para leitura de poemas: na recepção da Casa das Rosas, durante o próprio sarau.


22h – Teatro
O Gato Preto
O conto “O Gato Preto” narra, em primeira pessoa, a sucessão de acontecimentos que levaram um homem aparentemente normal a perpetuar os mais terríveis atos. O conto de Poe está lá. Mas ele não é a peça; é o pretexto, e é a partir dele que a Nossa Companhia Imaginária interroga, critica, força e homenageia o autor que, neste ano de 2009, completaria 200 anos, caso ainda estivesse vivo...
Texto: Edgar Allan Poe. Direção: Eduardo Parisi. Produção: Nossa Companhia Imaginária. Elenco: Andrea Tedesco, Juliana Lacerda, Rodrigo Arijon, Rodrigo Pessin e Luciano Carvalho.
Recomendação etária: 14 anos.


24h e 1h – Visita
Visita assombrada à Mansão Macabra
Durante a madrugada, a Casa das Rosas se transforma numa mansão assombrada, perturbando a paz de espíritos antigos, cujas aparições vagam pelas escadas e quartos e se revelam na visita monitorada, realizada por um estranho anfitrião, aos cômodos, instalações e ambientes mais inusitados da mansão. Com os atores Claudia Gianini, Simone Xavier, Paulo Cavalcante e Fernanda Padilha. (30 pessoas por visita).


2h30 – Poesia
Recital de poemas malditos
A poesia maldita estará presente por meio das leituras de Luiz Roberto Guedes, Luiz Alberto Machado Cabral, Donny Correia, Frederico Barbosa, Martha Argel e Greta Benitez, que interpretarão poemas de Edgar Allan Poe, Baudelaire, Lord Byron, Álvares de Azevedo, Augusto dos Anjos, além de textos próprios.


4h – Música
Banda Interlude
A banda Interlude presta tributo a uma das mais importantes, influentes e admiradas bandas inglesas de todos os tempos: The Cure. Já se apresentou nas mais célebres casas e festas de São Paulo, como Atari Club, Thorns Festival, Café Piu Piu, Morrison Rock Bar, Kazebre, Outs e em outras cidades e estados. Em lugares alternativos e undergrounds ou em palcos tradicionais, procura transmitir a essência e a energia das apresentações da banda original, com um repertório que passeia por toda a extensa carreira do The Cure, do início pós-punk, passando pelo dark, pop perfeito, hard até o psicodelismo.


PROGRAMAÇÃO ESPECIAL NO CAFÉ PANAROMA
Panaroma é uma palavra-valise, presente no livro Finnegans Wake, de James Joyce, que une as palavras “pan” (“tudo”, em grego) e “aroma”, ou seja, “todos os aromas”, e ainda faz um trocadilho com “panorama”. No livro de Joyce, a expressão é Panaroma of all flowers of speech, ou, na tradução de Augusto de Campos: “o panaroma de todas as flores da fala”. Assim se explica por que Panaroma foi o nome escolhido para o café da Casa das Rosas.
Durante a Noite das Bruxas, o café Panaroma ficará aberto até as 3 horas da manhã e servirá um cardápio especial, como massas negras com molhos vermelhos, drinques de sangue (ops!) e outras delícias. Enquanto você saboreia as novidades, serão apresentados filmes,
performances teatrais e de dança.

21h – Dança
Performance no jardim
A Cia Micrantos fará uma performance no jardim da Casa das Rosas que atrairá a atenção de todas as pessoas... e de todos os espíritos.

21h – Cinema
Nosferatu; O homem que ri; O Gabinete do Dr. Caligari
Os filmes expressionistas alemães refletem o sentimento do horror da década de 1920, por meio do cenário perturbador, dos contrastes violentos de claro e escuro, e da distorção da realidade sensorial e lógica, trazendo a atmosfera do pesadelo ao espectador.

0h – Teatro
O engenho mal-assombrado
Tudo começa à meia-noite. No meio do silêncio do velho engenho, os ruídos começam a ser ouvidos. Máquinas enferrujadas e carcomidas pelos anos voltam a rodar e, de todos os lados, surgem vultos que, ao comando do feitor, colocam-se em seus postos de serviço, iniciando o trabalho...
Direção: Roberto Paulino Júnior.

0h30 – Teatro
Nosferatu
Drácula é um conde-vampiro, proprietário de uma velha mansão. É fascinado por uma jovem e virgem donzela que seria a reencarnação de sua antiga amada. Logo após perseguir e seduzir a jovem, que cai em seus braços, transforma-a em uma vampira. Mas terá de enfrentar o médico e ocultista Dr. Van Helsing, um especialista em vampiros que o persegue implacavelmente e que pode acabar com seu reinado de terror.
Direção: Roberto Paulino Júnior.

1h30 – Contação de histórias
Sepultamento prematuro
Alguns temas são terríveis demais para que possam ser usados pela ficção... Ser enterrado vivo é sem dúvida o pior deles! Poe narra enganos ocorridos nos idos de 1800: quatro diferentes episódios de pessoas que morreram e voltaram. Finalmente, acompanhamos de perto um homem que sofria de catalepsia e seus pesadelos: todas as precauções, a reforma do jazigo familiar, os juramentos dos amigos... e seu destino!
Cia. Em Cena Ser
Histórias originais: Edgar Allan Poe.
Adaptação e interpretação: Cristiana Gimenes.
Direção: Andreza Domingues.

2h – Contação de histórias
O poço e o pêndulo
Num de seus contos mais famosos, Poe nos conta, em primeira pessoa, os dias de um prisioneiro da Inquisição, em Toledo. Logo após ouvir sua sentença de morte, ele desmaia e narra tudo o que sentiu depois: a dúvida sobre o que aconteceu com ele, a percepção da situação, o cárcere, os demônios pintados nas paredes, os ratos... e as crueldades que seus carrascos lhe reservaram: o poço e o pêndulo.
Cia. Em Cena Ser
Histórias originais: Edgar Allan Poe.
Adaptação e interpretação: Cristiana Gimenes.
Direção: Andreza Domingues.



MATINÊ MACABRA
RÉ LOU IM NA CASA DAS ROSAS


Saci-pererê, curupira, fantasmas, abóboras e mulas-sem-cabeça farão uma visita inesquecível à Casa das Rosas. O Dia do Saci foi criado em caráter nacional, em 2005, como uma forma de valorizar o folclore brasileiro, já o Halloween é uma data tradicional do calendário celta, levada aos Estados Unidos no século XIX. Na Matinê Macabra da Casa das Rosas, todas as culturas convivem e as crianças só têm a ganhar!

14h – Contação de histórias
História do Curupira
O Grupo Trii – Estêvão Marques, Fê Sztok e Marina Pittier – apresenta músicas e histórias de dar calafrios. Quem aparece neste encontro é o Curupira, protetor das matas, com cabelo de fogo e pés virados para trás. Quem o conhece sabe do que ele é capaz.

15h – Atividades educativas
Brincadeiras de arrepiar
As crianças aprenderão sobre a cultura do Halloween, Dia do Saci, Dia da Bruxa e histórias vindas de diversos países por meio de brincadeiras, como Pega-pega vampiro, Corrida do Saci, Balança caixão, Brincadeira da caveira, atividades plásticas, entre outras. Com os educadores Laiz Hasegaza, Laizane de Oliveira, Mariana Gondo e Alexandre Lavorini.

16h – Contação de histórias
O macaco e a banana
Uma música-história tenebrosamente engraçada, além das músicas "A noite no castelo" (Helio Hiskind) e "Taquaras" (Palavra Cantada) que deixarão todos arrepiados! As músicas de suspense "Murucututu" (Grupo Roda Pião) e “Monstro” (Rumo) vêm para dar mais um arrepiozimmm na espinha. Com Grupo Trii – Estêvão Marques, Fê Sztok e Marina Pittier.

16h – Exibição de filme
Noiva Cadáver
Passado num vilarejo europeu do século XIX, o filme conta a história de Victor (Johnny Depp), um jovem que é arrastado para o outro mundo ao se casar sem querer com a misteriosa Noiva Cadáver (Helena Bonham-Carter), enquanto sua verdadeira noiva, Victoria (Emily Watson), o aguarda desolada na Terra dos Vivos. Embora a vida na Terra dos Mortos se mostre mais animada do que o meio vitoriano em que cresceu, Victor descobre que nada há neste mundo, ou no outro, que possa afastá-lo de sua amada. É uma história de otimismo, romance e de uma alegre vida após a morte, contada no clássico estilo de Tim Burton.

17h – Visita
Visita assombrada à Mansão Macabra
O passeio começa pelo jardim, com ouvidos atentos a sons indefinidos, olhos ligados em movimentos estranhos. O grupo entra pela sala de jantar e procura a passagem secreta que esconde um grande mistério. No porão, o grupo que ainda restou terá uma surpresa... no escuro. Com Fabio Lisboa.

18h – Música
Grupo Musicantes
Pensado e criado por Carlos Kater, o Musicantes é um grupo cujos participantes atuam como músicos, atores, contadores de histórias, dançarinos. A proposta dessa apresentação é estimular o resgate de jogos expressivos e brincadeiras musicais da cultura brasileira, relacionando-os ao Dia do Saci.

SERVIÇO
Casa das Rosas – Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura
Avenida Paulista, 37
Tel.: (11) 3285.6986
www.casadasrosas-sp.org.br

Horário de funcionamento
De terça-feira a sexta-feira, 10h às 22h
Sábados e domingos, 10h às 18h (passível de alteração, de acordo com a programação).
Convênio com o estacionamento Patropi: Alameda Santos, 74

Dúvidas, críticas e sugestões: contato.cr@poiesis.org.br

Data da temporada: De 31/10/09 a 01/11/09

Dias e horários:

Sábado, 19:00

E é isso, meus caros. Abraços, até sábado!

sábado, 3 de outubro de 2009

Conto: A RINHA

A RINHA

Quando o relógio anunciou onze horas, poucas cadeiras ao redor da jaula estavam ocupadas. A tempestade não estava cooperando com o pouso dos helicópteros na ilhota particular, mesmo assim todos viriam. Nenhum dos associados desejaria perder o evento daquela noite.

Max Evanier, o organizador, recebia os recém-chegados de forma efusiva e servil, encaminhando-os para seus assentos. Cada lugar ficava a uma boa distância das cadeiras vizinhas, possibilitando que os seguranças de cada cliente se posicionassem da maneira adequada. Belas garotas serviam bebidas finas, diminuindo a impaciência geral e aumentando a vontade de competir.

Quando a noite atingiu seu auge, todos os ansiosos convidados estavam presentes. O recinto tinha uma atmosfera calculada de decadência e penumbra, visando manter o clima de ilegalidade e ainda assim oferecer conforto. Muitos achavam essa escolha estética questionável, mas suportavam sem reclamar. Aceitariam qualquer coisa para afastar aquele tédio infindável, a rotina aborrecida de quem já havia conquistado tudo que era possível conseguir.

Era aí que Max entrava. Ele fornecia emoção.

Havia começado organizando brigas de galo na América do Sul, anos antes do primeiro fio de barba se insinuar por seu queixo gorducho. Depois, passou para rinhas de cães. Quando os embates entre pitt bulls estavam na moda, um ricaço lhe pagou uma pequena fortuna por uma luta entre duas onças. A partir de então, a coisa só aumentou. Todo tipo de fera passou pelos ringues daquele sujeitinho desagradável, que formou uma clientela fiel e abastada.

Mas com o tempo seus clientes começaram a ficar entediados, e já não importava trazer ursos, leões ou tigres siberianos. Quando sugeriu promover lutas entre espécies diferentes, os sócios ficaram escandalizados, dizendo que isso acabaria com a integridade do jogo. Pois bem, se todos os grandes animais selvagens já haviam sido utilizados, como arranjar algo ainda mais incrível? Quando os negócios pareciam se encaminhar para o fim, apareceu o mago, com uma proposta.

Max pensava sobre isto quando o necromante fez sua entrada triunfal, de pé sobre o veículo que transportava dois engradados de madeira. Não tinha barba longa nem usava manto, a aparência lembrando um surfista cinqüentão. Tentáculos de luz branca se desprendiam de suas mãos, entrando nas caixas por pequenas frestas. Oito empregados trêmulos carregaram os caixotes para dentro da jaula, e os abriram com pés de cabra. Nunca antes haviam realizado um serviço tão rápido.

Exclamações de espanto foram ouvidas quando o conteúdo das caixas foi revelado: dois homens altos e pálidos, congelados em poses agressivas; o de cabelos compridos usando calça social e camisa pólo, enquanto o de cabelos curtos vestia um terno cinza. Aparências triviais à primeira vista, no entanto, era só olhar os dentes para perceber que havia algo estranho.

O feiticeiro foi o último a sair antes de trancarem a jaula, com um semblante calmo. Sentou afastado, ainda ligado aos vampiros pelos fios luminosos de seus dedos, então pronunciou encantamentos numa língua morta. As cordas diáfanas mudaram para uma cor azulada e desprenderam-se das criaturas, passando de imediato para as barras e chão da gaiola.

No mesmo instante os seres da noite saltaram contra as grades, e foram repelidos de forma violenta.

Os clientes soltaram gargalhadas nervosas, o riso de quem acabara de escapar do atropelamento ou algo assim. Sabiam que se o mago não tivesse erguido a barreira no momento certo, alguém poderia ter morrido.

Os vampiros se levantaram, olhando furiosos para os lados. Aquele que tinha cabelos curtos arrumou o colarinho e falou com o outro, numa voz macia como magma:

- Razalael! Há quanto tempo não vejo sua cara horrenda?

- Desde a Revolução, Dasthat.

- Industrial?

- Francesa.

Razalael avaliou a situação. Se ao menos tivesse algum objeto pesado para arremessar no mago, ele perderia a concentração e o escudo cairia. Mas não tinha nada, até os sapatos haviam sido tomados dos dois.

Estavam sem saída.

- Meus caros amigos, sejam bem vindos! – falou Max Evanier no microfone, e os vampiros concluíram que não estava se referindo a eles. – Como sabem, nós já oferecemos os embates mais empolgantes neste local! Meu sócio trouxe lobisomens do Brasil para uma memorável noite de lua cheia! Apresentamos um embate titânico entre dois pés-grandes do Himalaia, num evento que abalou as estruturas da arena! E agora, trazemos as mais poderosas criaturas da noite! Façam suas apostas, pois a luta vai começar!

Os homens aplaudiram e sussurraram lances pelos pontos eletrônicos, enquanto os supostos combatentes cruzaram os braços. Todos ficaram na expectativa e o organizador pigarreou, tentando manter a compostura.

- Bem, é a primeira vez que preciso explicar as regras aos nossos animais.

Novas risadas inquietas, roupas que custavam mais do que certos carros manchando de suor.

- Vocês devem lutar até a morte – continuou Max. - O vencedor será libertado.

Foi a vez do vampiro de terno rir.

- Verme, você nos subestima.

- Então meu sócio vai paralisar os dois de novo, e temos estacas...

- Faça o que quiser, covarde! Não iremos nos submeter...

A frase foi interrompida pelo murro de Razalael. Dasthat foi jogado longe e caiu em pé, limpando o sangue do ferimento que já estava cicatrizando.

- Ficou louco ou ainda mais estúpido? Ele não vai cumprir a promessa!

- Sendo nossa única chance, prefiro arriscar!

No instante seguinte os dois se chocaram, gerando um estrondo que fez todo o galpão tremer. Movimentavam-se tão rápido que quase não podiam ser vistos a olho nu, e a única coisa perceptível era o rastro de sangue por onde haviam passado. Porém, quando um deles ficava acuado em um canto, ambos surgiam como espectros difusos, quase uma miragem em meio aos trovões gerados por seus golpes, que abriam buracos e lançavam pedaços de pele e órgãos pelo ar.

Os expectadores começaram a sentir-se incomodados. Na maior parte do tempo não conseguiam ver o que estava acontecendo, e quando viam, era pior do que tudo que haviam presenciado. Se não tivessem vergonha de demonstrar fraqueza, todos já teriam levantado e ido embora. A visão das criaturas evocava medos antigos e profundos, uma aversão tão forte que fazia com que ansiassem pelo término da luta, não importando o resultado. Porém, uma vez que os ferimentos dos vampiros fechavam prontamente, parecia que aquilo poderia continuar pela eternidade.

De súbito, Razalael agarrou o antebraço de Dasthat e, com um movimento brutal, quebrou o membro do oponente. O berro de agonia do ferido encobriu os ruídos de asco dos presentes, e então, antes que o ferimento pudesse se curar, Razalael agarrou o úmero exposto e arrancou, gerando um novo urro de dor intolerável.

Dasthat caiu ao chão, quase desfalecido.

Razalael ergueu o osso afiado.

Todos prenderam a respiração.

Somente o organizador percebeu que havia algo errado. Tentou avisar, mas era tarde demais.

O vampiro girou o braço como um atirador de facas e arremessou o fragmento ósseo, que passou zunindo entre as grades e cravou em cheio na testa do mago.

Os tentáculos luminosos se apagaram, assim como a pouca vontade dos presentes de permanecer no recinto.

Razalael dobrou as barras com um movimento displicente e caminhou de forma calma até o cadáver, sem se importar com a turba em pânico. Imóvel e catatônico, Max observou o vampiro arrancar o osso e jogar de volta para o oponente, que o agarrou no ar.

- Pra não dizer que nunca te dei nada.

- Seu filho de uma cadela leprosa! Já tinha planejado tudo, maldito?

- Perdoe-me, achei que você não concordaria.

- Vou te matar por isso, atirador de espetos! – o outro berrou, colocando o úmero no lugar e sentindo a rápida calcificação, os músculos e pele recobrindo o local.

Razalael sorriu. Poderia dar cabo do adversário agora, quando estava mais vulnerável, mas qual seria a graça? Além disso, a perspectiva de um combate futuro o agradava. Era difícil conseguir alguma emoção verdadeira, que afastasse o tédio da imortalidade.

- Aguardarei ansioso para trucidá-lo novamente. Mas gostaria de ter algum desafio da próxima vez, então tente se alimentar direito, ok? Vou deixar um lanchinho pra você ir começando.

Logo que o vampiro de cabelos compridos sumiu pela porta, gargalhando, Dasthat ouviu as explosões dos helicópteros e os gritos.

Ótimo.

Após tanta humilhação, precisava descontar em alguém.


Max Evanier recuperou a razão dentro da jaula, trancado junto com a maioria dos clientes, seguranças e empregados. Apavorado, localizou as barras que haviam sido dobradas, contudo elas estavam fechadas outra vez. Os demais olhavam apalermados para o vampiro de cabelos curtos, sentado numa cadeira próxima e cercado por cadáveres com pescoços dilacerados.

- Todos acordados? - perguntou Dasthat enquanto perfurava a jugular de um rico empresário, o sangue derramando espesso numa taça de cristal. Sorveu um longo gole antes de questionar, em tom irônico:

- Bem, vocês já sabem as regras. Estão esperando o quê?

Nova participação literária! Dessa vez, no livro Galeria do Sobrenatural!



Amigos, tenho a honra e a alegria de informar que estou participando de uma nova antologia literária! O livro Galeria do Sobrenatural - Jornadas Além da Imaginação (Terracota Editora, organização de Silvio Alexandre).

A coletânea reúne histórias com uma pitada do seriado Além da Imaginação (quem assistiu não esquece), com tramas inquietantes, inteligentes e inesperadas. E que autores estão participando do livro! Giulia Moon, Miguel Carqueija, Bráulio Tavares, Octávio Aragão, Regina Drummond e mais alguns escritores conhecidos junto de iniciantes de talento. Uma verdadeira delícia literária, podem estar certos disso!

A minha contribuição se chama "Um Estranho Incidente Noturno", e foi a primeira história de horror que escrevi na vida, baseada em um pesadelo muito realista que me fez acordar suando. A primeira versão era muito truncada, tinha mais de 10 páginas de enrolação. Agora o texto está mais enxuto e muuito melhor. Podem ter certeza, vocês ficarão arrepiados!

Os detalhes do evento seguem no convite abaixo:


Ah propósito, nesse lançamento eu vou. Nos anteriores não pude ir, mas esse eu não perco por nada (bom, só se tiver um imprevisto muuuito grande, mas do contrário, estarei lá). Então, quem for paulista e tiver curiosidade de conhecer este que vos fala, além de uma porção de escritores famosos, é só comparecer na data marcada!

E por enquanto é isso. Abraços!

Lançamentos de Livros.

Olá! Desculpem o sumiço, a vida aqui anda meio atribulada. Vou tentar atualizar com coisas mais palpáveis. Estou devendo um conto novo faz tempo, não? Bem, vou resolver a situação logo logo. Por enquanto, vou deixar aqui os links para a cobertura do lançamento de dois livros que estou participando:

DRACULEA - O Livro Secreto dos Vampiros - O lançamento foi realizado no dia 22 de agosto (eu sei, eu sei, cobertura extremamente atrasada da minha parte, rs), no Bardo Batata. Conforme vocês poderão observar pelas fotos, o evento - bastante movimentado - contou com presenças ilustres da literatura de horror. Quem não foi, perdeu (eu incluso, arghhh!!!)

Lançamento Draculea

Mais fotos lançamento Draculea


ALTEREGO - Lançamento realizado no dia 27 de Setembro, na Livraria Martins Fontes da Avenida Paulista. Outro evento de sucesso, inclusive com livros esgotando durante a festa (foi preciso buscar mais). Até o momento, este livro é o maior sucesso da Terracota Editora. Fotos podem ser vistas no link abaixo:

Lançamento Alterego

E é isso. Aguardem mais novidades para hoje!

domingo, 13 de setembro de 2009

Draculea chegou!!!

Sim, isso mesmo, Draculea - O Livro Secreto dos Vampiros, já está disponível! E quem quiser comprar comigo e receber meu garrancho... digo, dedicatória, é só mandar um e-mail para spinossauro@yahoo.com.br com o endereço para envio. O livro custa 25,00 reais. Abraços, estou esperando!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Notícia: Kizzy Ysatis e Liz Vamp sofrem agressão.

Uma notícia diferente e triste aqui na Lua Mortal. O famoso escritor Kizzy Ysatis e a amiga Liz Vamp (filha do cineasta Zé do Caixão) foram covardemente agredidos pelos seguranças da boate A Loca. Ainda não tenho notícias sobre o estado do Kizzy, mas parece que se machucou bastante. Parece que a Liz Vamp não se feriu muito, fisicamente falando, mas tenho certeza que o trauma não foi menos doloroso.

Eu não estava lá para ver o que aconteceu, mas pela minha experiência pessoal, posso dizer o seguinte: todos os escritores que conheço são pessoas gentis e educadas, avessas à violência na vida real (sangue e tripas, apenas em seus escritos); já os gerentes de boates, caixas e seguranças desses estabelecimentos... Com o devido respeito aos raros profissionais íntegros desse meio, mas só conheço um ou outro que se salva. Na maioria dos casos, costumam ser todos uns boçais. Portanto, perdoem-me por tomar partido, mas tenho certeza absoluta que o Kizzy e a Liz Vamp foram agredidos injustamente sim.

Vamos torcer para que os dois se recuperem logo e que a justiça seja feita em seguida.

Links relacionados:

Folha

Terra

Uol

Globo

sábado, 29 de agosto de 2009

Prévia do meu conto do livro Draculea!

Amigos, o livro Draculea já está à venda, mas peço que esperem pra encomendar direto comigo (vocês querem autografado, não querem? Rsrs). Só para atiçar seus paladares literários, aqui vai uma pequena prévia do meu conto Tormento, que está presente no livro:

"As nuvens noturnas se agitavam sobre as cordilheiras, beijando os cumes com lábios elétricos e destruidores. A água ainda não começara a cair, como se a tempestade estivesse na expectativa, aguardando o momento certo para desempenhar seu papel. Observando tudo do topo de uma das montanhas, a gigantesca figura de cabelos negros ponderou que não era um cenário ruim para morrer.
Mas com certeza era melhor para matar.
"

E por enquanto é isso. Sim, só isso! Rsrsrs. Abraços e até mais!

Outra história minha no site Contos Fantásticos!!!

Outro conto de minha autoria foi publicado no site Contos Fantásticos! Se você ainda não leu O Símbolo Circular, aqui sua chance de remediar este pecado, rsrs. Clique aqui e divirta-se!

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Lançamento do Dracúlea neste sábado!


Olá! Vim apenas refazer o convite para o lançamento de Dracúlea - O Livro Secreto dos Vampiros! Os detalhes estão na imagem acima. Como já disse, não poderei ir, mas estarei lá em espírito. Portanto, se você estiver presente no Bardo Batata e sentir uma mão gelada em seu ombro, mas quando virar não tiver ninguém lá, não se assuste. Sou eu dando um alô.

Abraços!

sábado, 1 de agosto de 2009

Divulgação: Contos meus em três coletâneas literárias!

Bem, já está mais do que na hora de fazer a divulgação dos três livros que estou participando!

INVASÃO (Giz Editorial)



O nome diz tudo: a coletânea Invasão trás histórias sobre nosso planetinha sendo invadido por forças estranhas e, na maioria das vezes, hostis. Alienígenas, monstros marinhos, criaturas do centro da Terra, o organizador Ademir Pascale nos deu total liberdade para decidir como seria essa invasão. Contando com vários autores de renome e alguns iniciantes de talento, essa antologia certamente vai agradar os amantes do Terror e da Ficção Científica. Estou participando da obra com o conto Lar. O lançamento está marcado para setembro, e a obra poderá ser encomendada por aqui mesmo (com direito à dedicatória, para quem desejar). Mais detalhes quando a impressão estiver pronta!

ALTEREGO (Terracota Editora)



Do que se trata a coletânea Alterego (organizada por Octavio Cariello), você deve estar se perguntando? Bem, nada melhor do que a sinopse oficial para tirar essa dúvida:

"Heróis, superHeróis e todas as suas identidades secretas. A figura do golem evocado para salvar, proteger, vigiar. As máscaras que usamos todos os dias para tornar a vida possível. Realismo, fantasia, ação! Os contos desta seleta emprestam das HQs seu assunto preferido, reforçando na literatura a força do verbo e das onomatopéias, claro. Organizada por um dos grandes artistas da nona arte nacional, AlterEgo vem buscar novos mitos para compor o panteão e os infernos onde o homem é deus e vice-versa."

Estou participando deste livro com o conto O Salteador Noturno. O lançamento vai ser dia 22 de setembro na Livraria Martins Fontes, à Avenida Paulista, às 18:30 (vou fazer o dobro de esforço pra comparecer nesse, já que vou perder o lançamento do Draculea...). Este livro não poderá ser comprado comigo, mas assim que eu tiver mais informações, coloco os links para vocês.

DRACULEA - O LIVRO SECRETO DOS VAMPIROS (All Print Editora)

Deste eu já tinha falado, mas não custa relembrar. A Coletânea Draculea (também organizada por Ademir Pascale) mostra contos sobre os segredos dos vampiros, fatos, acontecimentos e detalhes que estas fascinantes criaturas noturnas preferem manter apenas para si. Este foi o único que tive oportunidade de ler os demais contos, e garanto: a seleção está ótima! Minha história prsente na obra chama-se Tormento.

O lançamento do livro será dia 22 de agosto, a partir das 18:00, no Bardo Batata (mais detalhes no convite acima). O livro também poderá ser adquirido comigo, também com direito a autógrafo e tudo mais, rsrs. No lançamento deste não vou poder comparecer, mas se tudo der certo, estarei nos lançamentos do Invasão e do Alterego.

E por enquanto é isso, meus amigos. Abraços, até mais!